Antes de começar a vender a prazo ou no débito, os comerciantes precisam escolher algum tipo de maquininha de cartão. No mercado, existem duas tecnologias para leitura e transmissão de dados que merecem destaque: POS e TEF.
Apesar de comuns, essas siglas ainda confundem muitos empreendedores. Há dúvida, por exemplo, sobre qual é a melhor opção, além da falta de compreensão das vantagens e desvantagens de cada uma.
Pensando nisso, explicamos a seguir as principais diferenças e características dessas tecnologias. Continue a leitura!
POS significa Point of Sale (ponto de venda). No entanto, não estamos nos referindo ao local onde acontece a venda em si, mas ao equipamento que permite a transferência do dinheiro do cliente para a conta do empreendedor.
Essa modalidade de maquininha é fornecida pelas próprias redes adquirentes — também chamadas de operadoras de cartão — ou instituições financeiras. É comum vermos o POS, por exemplo, em restaurantes, quando o garçom leva a maquininha até a mesa. Pela sua praticidade, é bastante adotada entre pequenos comerciantes.
Diferentemente do POS, o sistema de transferência eletrônica de fundos (TEF) necessita de um sistema de automação para que possa ser utilizado. O TEF integra as vendas com o uso de cartão ao sistema de automação comercial utilizado no estabelecimento.
Ele possibilita a troca de informações entre as adquirentes e a loja, por meio de uma plataforma instalada no computador do caixa. Por isso, é mais comum em farmácias, supermercados e estabelecimentos com mais volumes de venda. Um exemplo são aquelas máquinas fixadas no caixa que não precisam digitar valores, só inserir o cartão e colocar a senha.
Cada tecnologia tem suas vantagens e desvantagens. Usar o POS pode ser menos custoso, mas o TEF aceita maior diversidade de bandeiras, por exemplo. Entenda mais sobre as características e as diferenças dessas duas alternativas — POS e TEF!
O POS é mais intuitivo e fácil de utilizar, além de ter uma mensalidade mais acessível do que o TEF. Ainda assim, o TEF pode ser vantajoso, já que o investimento mais alto dá direito a uma série de vantagens, como aceitar múltiplas bandeiras.
Uma desvantagem do POS é funcionar apenas com a rede de adquirência escolhida. Assim, pode ser necessário contratar outras para conseguir atender a mais bandeiras de cartão. Já o TEF permite maior variedade de cartões, não se restringindo apenas a uma adquirente específica.
Por não precisar de um sistema de automação comercial, o POS permite mais mobilidade e agilidade. Você leva a maquininha do cartão até o seu cliente, que paga no próprio local em que está, seja na mesa do restaurante, seja em casa. Assim, pode ser vantajoso para quem trabalha com delivery, por exemplo. Nesse caso, é só pegar o cartão do cliente, inserir na máquina, digitar o valor da venda, esperar o consumidor colocar a senha, confirmar e guardar a via impressa.
Enquanto isso, o TEF costuma precisar de uma conexão fixa de internet e do uso de cabos para funcionar, o que restringe a mobilidade da maquininha e pode ser uma desvantagem para certos tipos de negócios.
Para usar o TEF, é preciso ter um sistema de automação implementado na sua empresa. A desvantagem é que isso requer a contratação de plataformas e assistência para modernizar o seu negócio. Contudo, essa automatização do processo não só traz mais eficiência para as equipes como mais segurança e comodidade para a gestão do seu empreendimento. Desse modo, pode ser interessante escolher essa opção, a depender do porte e tipo de negócio que você possui.
Em empreendimento com volume de vendas grande e localizado, o uso de TEF pode até reduzir problemas de filas no caixa, já que não é necessário digitação por parte dos funcionários. Ao contrário, o POS exige a inclusão de informações manualmente e, por consequência, está mais sujeito a erros de digitação e perda de dinheiro.
Uma grande vantagem do TEF é facilitar a conciliação de vendas, ou seja, a conferência entre o que foi vendido e o que aparece como registrado nos sistemas das operadoras de cartão. Como tudo é automatizado, você pode verificar mais facilmente a quantidade de produtos que passaram pelo caixa e os valores das vendas. Além do mais, em conjunto com um sistema de conciliação de cartões, essa opção pode evitar perdas por cobranças indevidas, por exemplo.
Já as máquinas de POS podem dificultar o fechamento do caixa e a gestão financeira. Nesse caso, é preciso conferir os comprovantes físicos um a um, o que pode ser bem demorado. Também é mais complicado fazer a comparação entre os valores processados pelas adquirentes e os registrados em caixa, atrapalhando a conciliação das vendas.
Além de POS E TEF, existe o gateway. Essa tecnologia de pagamento é voltada para as lojas de comércio eletrônico (e-commerce) e tem o intuito de permitir o pagamento on-line mais seguro e fácil. Ele agiliza o checkout e oferece diversos meios de pagamento, inclusive por cartão. Nesse caso, os gateways enviam as informações da venda e do cartão para que as empresas adquirentes façam o processamento. O valor pago é fixado por transação.
Uma vantagem dessa opção é possibilitar integração com uma diversidade de formas de pagamento. Contudo, para usar o gateway, o empreendedor precisa negociar com as adquirentes e fazer um investimento inicial para integrar a loja virtual com os serviços desejados — por exemplo, sistema antifraude, compra com um clique etc.
Na hora de tomar uma decisão, vale analisar quais opções mais se adéquam ao seu negócio. Se for o caso, você pode ainda investir em mais de um tipo de tecnologia para atender melhor os seus clientes e evitar a perda de vendas.
Gateway, POS e TEF — no fim, seja qual for a opção escolhida, é importante ficar de olho nas taxas de cartão para evitar prejuízos. Então, não deixe de acompanhar atentamente as vendas no seu estabelecimento e manter uma boa gestão das finanças.
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