Guerra das maquininhas de cartão: entenda como está o mercado!

Para contar com mais formas de pagamento nos seus negócios, muitos empreendedores têm investido nas maquininhas de cartão. Essas ferramentas são disponibilizadas pelas empresas adquirentes para realizar operações de crédito e débito. Em contrapartida, os lojistas precisam pagar um percentual por cada venda, além de, muitas vezes, terem um custo pela máquina.

Apesar de grande fatia do mercado de maquininhas de cartão ser controlada pela Cielo e pela Rede, a entrada de novas concorrentes têm movimentado o setor. Com essa disputa pela liderança, a tendência é que haja uma baixa nos custos das máquinas para os comerciantes.

Neste texto você vai entender mais sobre como a guerra das maquininhas de cartão tem aquecido o mercado. Aproveite a leitura!

Como o uso das maquininhas tem crescido no mercado?

Devido ao uso cada vez maior de cartões de crédito e débito, muitos comerciantes têm investido nas maquininhas de cartão para oferecer mais opções de pagamento aos seus clientes. Por sua vez, essa procura por compra e aluguel das máquinas gera a queda nas taxas, já que há uma oferta maior no mercado.

Contudo, analistas denunciam que esses descontos são uma forma de manter o mercado das maquininhas concentrado na mão dos grandes bancos. Ainda assim, esse cenário pode ser positivo para os pequenos empreendedores — não apenas com a diminuição das taxas percentuais cobradas por vendas, mas com a redução do preço da maquininha, menores prazos de pagamento aos lojistas, entre outras vantagens.

Há 3 principais fontes da receita do setor:

  • a taxa de venda, que é cobrada por cada transação realizada no cartão;
  • o preço de aluguel ou venda da maquininha;
  • o custo da antecipação de recebíveis, nos casos em que o comerciante prefere não esperar 30 dias para receber os valores da compra.

No geral, o mercado cobra taxas de cartão de entre 3,5% e 4,5% por operações no crédito, e de 1,9% a 2,1%, no débito. No entanto, para elevar a sua participação no mercado, algumas empresas chegam a ofertar contratos com percentuais menores.

Outro fator importante que os comerciantes analisam na hora de escolher uma maquininha é o prazo em que vão receber as vendas realizadas por cartão. Costumeiramente, demora-se de 30 a 31 dias para que os empreendedores possam retirar o pagamento depois de uma transação.

Contudo, o crescimento da concorrência nos últimos anos tem baixado o prazo de recebimentos. Nos últimos meses, uma nova opção foi lançada, que permite o pagamento em até 5 dias. Há, inclusive, empresas que passaram a pagar em apenas 2 dias. Para os empreendedores, isso dá mais margem para que eles consigam sacar o dinheiro antes e se organizar financeiramente.

Qual é o cenário das principais marcas?

Na busca pela liderança no mercado, as operadoras de cartão têm investido em tecnologia e mais eficiência para otimizar os seus serviços e melhorar a satisfação dos clientes. Nos primeiros meses de 2019, algumas empresas também anunciaram ofertas mais atrativas para os empreendedores — tudo isso tem acirrado a concorrência.

Neste tópico, explicamos a situação das principais marcas do setor. Confira a seguir!

Cielo

Líder no mercado, a Cielo vem perdendo espaço para as concorrentes com uma queda de 1,3% ao ano e uma redução de 30% no lucro líquido. Ainda assim, 38,3% das maquininhas do mercado são da empresa. Isso é resultado de um investimento do Banco do Brasil e do Bradesco.

Diante desse cenário, a adquirente tem investido em ações para tentar recuperar a fatia de clientes que vem perdendo nos últimos anos.

GetNet

Os números da empresa têm se aproximado da Cielo e já demonstram que a marca tem 12,5% das maquininhas do mercado. Com um crescimento de 29,9% ao ano, a GetNet, do banco Santander, anunciou em abril uma redução nas taxas de cartão.

A porcentagem passou a ser de 2% para operações de débito e crédito à vista. Também houve redução do prazo de pagamento para apenas dois dias — em vez dos tradicionais 30 dias.

Com isso, a concorrência no mercado tem ficado ainda mais acirrada, forçando outras empresas a reverem suas taxas e cobranças. Para os empreendedores, é uma boa oportunidade para negociar com as adquirentes e buscar ofertas mais atraentes.

Stone

Outra concorrente que tem crescido no setor é a Stone. Apesar de ter aberto atividades no ano passado nos Estados Unidos, a adquirente independente tem ampliado sua fatia de clientes no mercado. Estima-se que o market share da empresa tenha chegado a 6,1%.

PagSeguro

A empresa tem investido, sobretudo, em estratégias para ganhar microempreendedores, com foco na melhoria dos serviços oferecidos e ausência de taxas sob algumas condições. Hoje, conta com mais de 4,1 milhões de clientes ativos.

Para competir com as concorrentes, a empresa anunciou que os comerciantes terão a opção de retirar o dinheiro da venda em até uma hora. No entanto, a taxa cobrada por isso é diferenciada da cobrada no prazo tradicional de 30 dias.

SafraPay

Este ano, a SafraPay — solução de transações com cartão do banco Safra — também trouxe ofertas vantajosas com o intuito de conquistar novos clientes. Algumas das vantagens são taxa zero sobre as operações de crédito — desde que o faturamento seja limitado a R$ 50 mil por mês — e gratuidade no aluguel da maquininha para empresas que vendem de R$ 3 mil a R$ 7 mil por mês.

Rede

Credenciadora de cartões do Itaú, a Rede também tem tomado atitudes arrojadas para ganhar mais clientes. Esse ano, a empresa decidiu zerar a taxa de antecipação de recebíveis nas compras com cartão de crédito à vista, além de passar a realizar o pagamento em somente 2 dias. A medida passou a valer a partir de maio para empreendedores com faturamento de até R$ 30 milhões ao ano.

Como vimos, as ofertas mais agressivas de algumas empresas adquirentes têm criado uma disputa acalorada por clientes. Essa concorrência acirrada faz com que o mercado seja obrigado a reduzir taxas e rever as condições. Para os empreendedores isso pode ser bem vantajoso, com cortes nas taxas de transações e melhores condições de recebimento.

De qualquer forma, para garantir que você não saia no prejuízo com as maquininhas de cartão, é importante conciliar as vendas. Com uma plataforma de conciliação, por exemplo, fica mais fácil conferir se o valor cobrado por cada venda corresponde ao que foi negociado entre o empreendedor e a adquirente. Assim, você evita perder dinheiro.

Achou este texto interessante? Aproveite e leia mais sobre as vendas no cartão de crédito. Entenda se os seus recebimentos estão corretos!

Fique atento às novas tendências em conciliação de cartão e boletos!